quarta-feira, novembro 30, 2005
GNR - Morte ao Sol
Ainda bem que à névoa por aí
Estou contente se a luz se esvai
E uma sombra invade este lugar
Se um amanhã perdido for
metamorfose de horror
As trevoas não vão demorar estou contente se a luz se esvai
Se o céu se fecha sobre nós desprende-se uma rouca voz
Se o amanhã perdido for
overdose de pavor
Directa sim eu declaro morte ao sol
Directa não e a quem o apoiar
aí vem a luz !!!
Se o céu não fecha já sobre nós
Revela-se esta imagem atroz
terça-feira, novembro 29, 2005
Coldplay
A qualidade de som da sala lisboeta foi excelente, e a banda fez jus ao epíteto de melhor banda da actualidade. O concerto foi óptimo, e só pecou pela não inclusão de 3 ou 4 temas muito fortes da banda como são Trouble, Shiver, Don't Panic e Warning Sign.
Talvez por isso, o concerto tenha tido alguns momentos mais "mortos", sempre que Chris Martin e companhia tocavam temas menos conhecidos do mais recente álbum.
Os efeitos visuais eram agradáveis, com algumas ideias engraçadas, como por exemplo a inclusão de rascunhos das letras das músicas de X&Y no video-hall.
Em suma, os índices qualitativos roçaram o irrepreensível, e o concerto foi bastante bom.
A plateia esteve muitas vezes "incendiada", acompanhou as letras, foi ao rubro com o português de Chris Martins, e delirou com Fix You, o tema que encerrou o concerto.
E se o alinhamento tivesse sido escolhido mais criteriosamente, teríamos tido um concerto absolutamente perfeito..
De qualquer forma, a passagem da banda por Portugal vai deixar concerteza muitas saudades...
Eis o alinhamento do concerto de 23/11/2005,
Square One
Politik
Yellow
Speed of Sound
God Put a Smile Upon Your Face
X&Y
How Do You See the World
White Shadows
The Scientist
Til Kingdom Come/Ring of Fire
Green Yes
Clocks
Talk
Swallowed in the Sea
In My Place
Fix You
domingo, novembro 27, 2005
Guerra Junqueiro - Pátria
Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!
The Best
George Best, nasceu na Irlanda do Norte, e tornou-se um mito, uma lenda da bola.
Best era apelidado de "quinto Beatle", por rivalizar em popularidade com a famosa banda nos anos 60. Aos 15 anos assinou pelo Manchester United, e dois anos mais tarde, era considerado o melhor da Europa. Rápido, ágil, tecnicista, ambi-destro, com um remate forte e colocado, Best era um jogador completo, um extremo moderno que incendiava as plateias por onde espalhava o perfume do seu futebol.
O teatros dos sonhos era o seu palco predilecto, e cedo se tornou um ícone do Man Utd e da Grã-Bretanha.
Mas Best sempre foi um excentrico noctívago, e acabou por caír num precipicio do qual não mais saíria, e que o levaria à morte. Tornou-se completamente dependente do alcoól.
Best era um boémio, e sempre teve uma relação polémica com os media. Deixou, de resto, algumas histórias curiosas como quando lhe perguntaram a opinião sobre Beckham, em que ele disse que “ não tem pé esquerdo, não sabe fazer tacklings, não tem inteligência de jogo, não marca golos suficientes e eu era bem mais bonito que ele! À parte disso, he’s ok!”.
Ou uma frase que diz tudo, "Na minha vida gastei todo o dinheiro que tinha em mulheres, carros e jogo, e o resto foi todo mal gasto!!"..
Ao que chegamos..
Segundo o Jornal de Notícias, a pistola pertencia a um dos docentes e estava carregada com sete munições..
Moment of Zen
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura;
Conheço agora já quão vã figura,
Em prosa e verso fez meu louco intento:
Musa!... Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura.
Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... a santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!
segunda-feira, novembro 21, 2005
Preocupante
Sharon cria novo partido
O primeiro-ministro israelita afirmou que o novo partido terá como um dos grandes objectivos trabalhar para a paz com os palestinianos.
Sharon garante também que o seu novo partido "vai garantir um Governo estável, prosperidade económica, paz e tranquilidade", e não fecha as portas ao desmantelamento de colonatos judeus na Cisjordânia.
Ariel Sharon, disse ainda que a retirada dos militares e civis israelitas da faxa de Gaza, que ele próprio orquestrou, abre novas perspectivas para que seja alcançada a paz..
terça-feira, novembro 15, 2005
A história de um orfanato vietnamita atingido por um bombardeamento
transfusão, mas como?
Reuniram as crianças e, entre gesticulações, tentavam explicar que precisavam de um voluntário para doar sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se. Era um menino.
Ele foi preparado e espetaram-lhe uma agulha na veia. Passado um momento, ele deixou escapar um soluço. O médico perguntou se estava a doer e ele negou. Mas não demorou muito e voltou a soluçar, contendo as lágrimas. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira da região e começou a conversar com o garoto. O seu rosto ficou novamente tranquilo. A enfermeira explicou então aos americanos: “ Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido o que vocês disseram e pensava que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”.
O médico aproximou-se dele e perguntou: “Mas se era assim, porque é que te ofereceste para doar o teu sangue?” E o menino respondeu simplesmente: “Ela é minha amiga”.
Crescimento magro do PIB
Os números foram revistos em baixa, já que o crescimento anteriormente previsto era de 0,5%.
A verificar-se este crescimento de 0,3 por cento do PIB em 2005, a economia portuguesa vai abrandar face à expansão de 1,3 por cento registada no ano passado.
sexta-feira, novembro 11, 2005
terça-feira, novembro 08, 2005
República das bananas
O advogado do jovem disse no final, "não comento decisões dos tribunais, mas posso dizer que este juiz é dos mais competentes do país e extremamente humano. Assim deveriam ser todos os magistrados. Esta sentença é exemplar. Convém não esquecer que o meu cliente foi punido, mas que é um rapaz de 21 anos e não fazia sentido atirá-lo para uma prisão. Conduzir sem carta não deveria ser punido com pena de prisão".
À saída do Tribunal, o rapaz ainda afirmou, "era o que esperava. Não sou nenhum criminoso e não matei ninguém. Além disso, só fui interceptado uma vez pelas autoridades. Todas as outras multas diziam respeito à minha moto ou ao meu carro, que os agentes viam passar".
Esta situação é verdadeiramente anedótica. Toda a gente sabe como o código da estrada é severo para os condutores legalmente habilitados, e o propósito dessa severidade será objectivamente o de reduzir a sinistralidade rodóviária que, neste momento, assume contornos assombrosos.
Como é possível que não se puna exemplarmente aqueles que, sem carta, circulam pelas estradas deste país pondo em risco a vida dos outros?
Como este caso, teremos centenas, senao milhares de outros idênticos.
E depois do exemplo dado pelo Juíz do Tribunal de Valongo, ninguém mais terá medo de conduzir, mesmo sem carta de condução, porque afinal, se forem apanhados, passarão impunes(ou quase..)
É triste que não lhe tenha sido dada uma pena exemplar, porque afinal, a prevenção também passa por aí..
Pobre país, o nosso...
domingo, novembro 06, 2005
Kaiser Chiefs - I Predict a riot
Watching the people get lairy
Is not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible either
A friend of a friend he got beaten
He looked the wrong way at a policeman
Would never have happened to Smeaton
And old Leodiensian
La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot
I tried to get in my taxi
A man in a tracksuit attacked me
He said that he saw it before me
Wants to get things a bit gory
Girls run around with no clothes on
To borrow a pound for a condom
If it wasn't for chip fat, well they'd be frozen
They're not very sensible
La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot
And if there's anybody left in here
That doesn't want to be out there
Watching the people get lairy
Is not very pretty I tell thee
Walking through town is quite scary
And not very sensible
La-ah-ah, la la lalala la
Ah-ah-ah, la la lalala la
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot
And if there's anybody left in here
That doesn't want to be out there
I predict a riot, I predict a riot
I predict a riot, I predict a riot
sábado, novembro 05, 2005
Revolta das Comunidades de imigrantes em França
Nestas últimas semanas, o pânico tem sido semeado em Paris..
Não haverá portagens nas Scut's..por enquanto
Esta afirmação não deixa de ser curiosa, visto que no passado dia 28 de Outubro, o Ministro das Finanças admitiu a introdução de portagens em algumas Scut, já em 2007.
Será portanto, uma questão de tempo...